Bico vira-se contra o prego.
(Reporte de Toronto para CP)- Honrando a sua formação de jurista e homem honesto, o ministro dos Negócios Estrangeiros começou o dia reunindo com o advogado canadiano previamente contratado para, como diria horas mais tarde, ao saír das conversações, "saber que terreno pisava". Prevenido, reuniu então com os governantes canadianos que tutelam as relações exteriores e a imigração.
Presume-se que a conversa foi tensa mas esclarecedora e o ministro reconheceu-o lisamente perante os jornalistas que o esperavam. Foi no decorrer das conversações que Freitas do Amaral soube, com provas à vista, não ser verdade o que os expulsos têm propalado, com mais ou menos gritos: a ordem de expulsão foi por eles recebida há um ano e não há poucos dias. Depois foram os apelos, pagos a peso de milhares de dólares, que fatalmente teriam este desfecho por serem os conservadores mais legalistas e integristas do que cristãos, embora afirmem repetidamente o contrário. Facilmente somos levados a perguntar porque é que, perante uma primeira ordem de expulsão, os candidatos a refugiados não começaram de imediato a vender casas e carros, não fosse surgir um contratempo.
Parece, no entanto, que alguns passos se deram em relação aos ilegais que não optaram pelo estatuto de refugiado, havendo agora possibilidades de se avaliar caso por caso, com especial atenção para os que já estão no Canadá há anos, sempre a trabalhar, sempre a pagar impostos, sempre a fazer descontos, sempre a pagar as quotas dos sindicatos, sempre a dar escola aos filhos, num percurso que não sofreu incidentes com a polícia.
Por outro lado, sabe-se que as conversações entre Freitas do Amaral e o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Peter MacKay, prosseguirão em Sófia, em finais de Abril, quando se realizar ali a reunião da NATO.
No final das conversações realizou-se uma conferência de imprensa com os ministros que ficou marcada por um incidente: os jornalistas portugueses não foram autorizados a entrar.
Freitas do Amaral reagiu com firmeza e dignidade, mas só nas próximas horas estaremos em posição de fornecer mais pormenores de uma gaffe que acrescenta mais sombras à precária imagem pública do actual governo canadiano. Este caso dos deportados não chocou apenas a comunidade portuguesa, pois são muitos os canadianos que já em voz alta exprimem o seu desagrado, não pelo cumprimento da lei, mas pela forma grosseira como ela está a ser imposta.
(Reporte de Toronto para CP)- Honrando a sua formação de jurista e homem honesto, o ministro dos Negócios Estrangeiros começou o dia reunindo com o advogado canadiano previamente contratado para, como diria horas mais tarde, ao saír das conversações, "saber que terreno pisava". Prevenido, reuniu então com os governantes canadianos que tutelam as relações exteriores e a imigração.
Parece, no entanto, que alguns passos se deram em relação aos ilegais que não optaram pelo estatuto de refugiado, havendo agora possibilidades de se avaliar caso por caso, com especial atenção para os que já estão no Canadá há anos, sempre a trabalhar, sempre a pagar impostos, sempre a fazer descontos, sempre a pagar as quotas dos sindicatos, sempre a dar escola aos filhos, num percurso que não sofreu incidentes com a polícia.
Por outro lado, sabe-se que as conversações entre Freitas do Amaral e o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Peter MacKay, prosseguirão em Sófia, em finais de Abril, quando se realizar ali a reunião da NATO.
No final das conversações realizou-se uma conferência de imprensa com os ministros que ficou marcada por um incidente: os jornalistas portugueses não foram autorizados a entrar.
Freitas do Amaral reagiu com firmeza e dignidade, mas só nas próximas horas estaremos em posição de fornecer mais pormenores de uma gaffe que acrescenta mais sombras à precária imagem pública do actual governo canadiano. Este caso dos deportados não chocou apenas a comunidade portuguesa, pois são muitos os canadianos que já em voz alta exprimem o seu desagrado, não pelo cumprimento da lei, mas pela forma grosseira como ela está a ser imposta.
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